humanidades digitais
design inclusivo
A deficiência não é um atributo da pessoa, mas um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo meio ambiente social. Consequentemente, a solução do problema requer ação coletiva e é de responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações necessárias para a participação plena de pessoas com deficiências em todas as áreas da vida pública. A questão é, pois, de atitude ou ideologia, quanto às mudanças sociais, enquanto no nível político é uma questão de direitos humanos.
A questão social ou de responsabilidade social, ou ainda o design inclusivo e acessível, está na pauta de vários teóricos e profissionais do design impulsionados por práticas e aplicações de pesquisas em design com abordagens humanistas. Entre as décadas de 1960 e 1980, surgiram movimentos, debates e ações sobre a atuação do design como instrumento de responsabilidade social, entre os quais destacamos as políticas socioeconômicas escandinavas ocorridas nos anos 1960 na Suécia, que formalizaram o conceito de “uma sociedade para todos”, referindo-se principalmente às questões relacionadas à acessibilidade, proposta que se expandiu mundialmente quando recomendada pela Declaração de Estocolmo, aprovada em 9 de maio de 2004 pela Assembleia Geral Ordinária do Instituto Europeu para o Design Inclusivo, quando definiu-se, nessa ocasião, que o ambiente construído, os objetos cotidianos, os serviços, a cultura e a informação devem ser acessíveis, utilizáveis por todos na sociedade e sensíveis à evolução da diversidade humana.