introdução

Interação em sistemas operacionais refere-se ao modo de apresentar informação de maneira não linear, como hipertexto, em estrutura de nós semânticos ligados entre si (em rede), oferecendo alternativas para a navegação. Para isso, usam-se os diferentes canais de percepção (visual, auditivo, tátil) e novos procedimentos para apresentar a informação. Lidar com esses múltiplos recursos – música, imagens, animação, cinema – requer outras competências, além daquelas meramente discursivas. Isso requer trabalho de uma equipe com especialista em psicologia cognitiva, design, redação e programação. (BONSIEPE, 2011. p.87)

Para Joshua Porter 1, as pessoas ao usarem a tecnologia nunca deveriam sentir que falharam. Porter constata que, assim como o cliente, o usuário está sempre certo. Se o programa der erro, a falha é dos projetistas do software, se alguém não acha algo em um site, a falha é do designer. Neste sentido, a grande diferença entre bons e maus designers será a forma como eles lidam com as pessoas lutando com seu design. Dentro desse contexto pode-se dizer que a tecnologia serve aos humanos. Humanos não servem à tecnologia.

Em hipermídia, a interatividade ocorre por meio da interface e seus elementos de design, possibilitando a navegação do usuário. De acordo com Kretz 2, ela se dá em diversos níveis:

Interatividade zero: é a apresentação da informação de forma linear, sem elementos que possibilitem a interferência do usuário;

Interatividade linear: oferece uma interação preestabelecida e sequencial. O usuário pode avançar, parar ou voltar às informações;

Interatividade arborescente: relaciona-se à apresentação da informação de forma hierárquica, em que o usuário por meio de menus ou outras ferramentas pode selecionar a informação;

Interatividade linguística: consiste na utilização de palavra-chave, formulários, etc. para o acesso às informações;

Interatividade de criação: permite ao usuário compor uma mensagem por correspondência, vídeos, animações, imagens etc.;

Interatividade de comando contínuo: possibilita ao usuário modificar e deslocar objetos textuais, sonoros e visuais.

1 PORTER, Joshua. Designing for Social Web. Berleley: New riders, 2008.
2 KRETZ, Francis. Le concept pluriel d’interactivités ou l’interactivité vous laisse-telle chaud ou froid. In: Bulletin de l’IDATE. Paris: Centro Georges Pompidou, n.º 20 julho/1985.