acessibilidade

O World Wide Web Consortium – W3C é um órgão internacional, sem fins lucrativos, cujo propósito é conduzir a Web ao alcance de seu potencial máximo. A Web Accessibility Initiative – WAI é um documento integrante da W3C e é responsável pelo desenvolvimento de guias com recomendações de acessibilidade para profissionais que lidam com ambientes digitais, desde desenvolvedores de software, fornecedores de navegadores web e outros agentes, visando uma padronização de tecnologias para promoção do acesso pelo maior número de pessoas possível.

O W3C também publicou o documento “WCAG 1.0 – Web Contents Accessibility Guidelines”, que possui explicações sobre como tornar o conteúdo da Internet mais acessível às pessoas com deficiência. Define "conteúdo" da Internet como a informação em uma página ou aplicativo da Web, incluindo texto, imagens, ícones, sons, vídeos etc. Neste sentido, os estudos sobre Design de Hipermídia vêm colaborar para o desenvolvimento de projetos acessíveis.

A acessibilidade digital refere-se à capacidade de um produto ser flexível o suficiente a fim de atender às necessidades e preferências do maior número possível de pessoas, além de ser compatível com tecnologias assistivas usadas por portadores de necessidades especiais. Acessibilidade na Web significa que toda pessoa, utilizando qualquer tipo de tecnologia de navegação – navegadores gráficos, textuais, especiais para sistemas de computação móvel, etc. – deve ser capaz de visitar e interagir com qualquer site, compreendendo inteiramente as informações nele apresentadas 1.

guia de acessibilidade

O Guia de Acessibilidade para Conteúdo na Web (WebAIM) fornece um conjunto de diretrizes internacionais desenvolvidas pelo World Wide Web Consortium (W3C). Estas diretrizes são a base para a maioria das leis de Acessibilidade para a Web no mundo. A versão 2.0 está sendo desenvolvida baseada em quatro princípios :

Perceptível: disponível aos sentidos (visão e ouvindo principalmente) tanto através do uso de navegador ou pelas tecnologias de assistência a deficientes (por exemplo, leitores de tela, ampliadores de tela, etc.);

Operacional: os usuários podem utilizar todos os controles e elementos com interatividade usando um mouse, teclado, ou um artifício de assistência ao deficiente;

Compreensível: o conteúdo deve estar descrito com clareza, limitando a confusão e ambiguidade;

Robusto: um vasto leque de tecnologias (incluindo os antigos e os novos browsers e as tecnologias de assistência a deficientes) para os usuários terem acesso ao conteúdo.

teste de avaliação

Evaluating Web Sites for Accessibility é um conjunto de recursos apresentados em páginas da web, que descreve diferentes abordagens para avaliar a acessibilidade de sites. Apesar de não fornecer um cheklist para teste, fornece recursos para avaliação durante o desenvolvimento do site e para o monitoramento contínuo de sites já existentes. As abordagens nestas páginas se destinam a complementar o gerenciamento de conteúdo e outros procedimentos de garantia de qualidade.

A Web Accessibility Initiative (WAI) recomenda a realização de testes de usabilidade, que considerem características relacionadas à acessibilidade, como método de avaliação de acessibilidade com usuários.

No contexto da web, métodos para avaliação de acessibilidade têm sido propostos e a complementaridade desses métodos possibilita a verificação da acessibilidade da rede sob diferentes perspectivas. Alguns desses métodos são mencionados a seguir 2:

Uso de navegadores gráficos e textuais: permite investigar questões relacionadas à interpretação de páginas web por meio de diversas configurações de acesso;

Validação automática da linguagem de marcação: identifica problemas relacionados à sintaxe HTML e CSS, por exemplo; atividade difícil de ser realizada depois que as páginas já estão codificadas;

Verificação por ferramentas semiautomáticas: evidencia erros no design de páginas HTML que prejudicam sua acessibilidade, além de relembrarem verificações importantes que devem ser realizadas manualmente;

Avaliação com usuários com diferentes habilidades e/ou deficiências: possibilita a observação das estratégias de interação construídas pelos diferentes usuários na realização de tarefas típicas, em contextos diversificados e com o uso de tecnologias assistivas – ex. leitores de tela, ampliadores de tela etc. – bem como a identificação das dificuldades que enfrentam.

1 2 DIAS, Cláudia. Usabilidade na Web: Criando Portais mais Acessíveis. AltaBooks, Rio de Janeiro, Brasil, 2003.