introdução

Para explicar os acontecimentos ou descrevê-los, o ser humano faz uso da narração. As três características da narração são sua sequencialidade, sua indiferença aos fatos, em oposição ao que é real ou imaginário, e sua peculiar forma de enfrentar-se frente aos desvios do que é justo.

Em 1863, o dramaturgo e romancista alemão Gustav Freytag criou o arco narrativo. Ele dividiu as obras dramáticas em cinco partes: exposição, aumento da ação, clímax, declínio da ação e conclusão ou desfecho. O padrão de subida e descida é muitas vezes visualizado como uma pirâmide, com o clímax no ponto mais alto da ação 1.

Uma narração consta de uma sequência singular de sucessos, estados mentais e acontecimentos dos quais participam seres humanos como personagens ou atores. Esses são seus componentes, entretanto, eles não possuem, por assim dizer, uma vida ou um significado próprio. Seus significados são dados pelo lugar que ocupam na configuração global da totalidade da sequência: sua trama ou fábula.

A essência do drama, segundo Aristóteles, é a ação. Personagens, cenário e lições de moral que existem para servir a um único propósito: destacar a ação principal da história. Em uma narrativa eficaz, a ação principal deve obter suficiente “magnitude”, culminando em covardias terríveis ou em descobertas profundas 2.

1 DORFLES, Gillo. Nuevos ritos: nuevos mitos. Lumen, 1989.
2 SCHUMACHER, Patrik. Design is Communication, 1989.